30.4.17

como seria tão bela a morte do corpo perante o salvamento de alma. deixar de estar imposta a vivência por algo físico, tão banal, quanto aquilo que nos permite andar por aí.
morrer, deixar de saborear tempestades que acolhem remoinhos tenebrosos que me deixam a sufocar incessantemente. 
seria mais feliz sem darem por mim, pela minha falta de beleza ou falta de olhares que transmitem palavras consoante gestos. 
seria mais feliz sem sentir, sem pensar, sem desejar aquilo que não me é possível obter. 
que a morte seja, porque o é, a mais calma das invenções do universo, onde tudo acalma e nada é passageiro. 
eterno é aquilo que nos faz bem. 

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