28.3.22

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 será que lhe faz confusão saber que não precisa de ninguém para estar bem? confusão de que há palavras dirigidas a quem nunca fez parte do seu mundo? provavelmente pensará "que estupidez, destinatário ausente".
mas há a felicidade de estarmos bem com o passado e o presente, sem querer saber do futuro. e há destinatários no passado que não precisam de receber as mensagens. servem só ao remetente. 

19.2.20

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à quarta dançou. à quinta filosofou... porque acordou com os passarinhos a sussurrar-lhe ao ouvido que o sol recebe-o com abraços e beijinhos, num tempo onde tudo parece mais brilhante e nada se esconde. há esperança entre os dias curtos e as nuvens turbulentas. há serenidade em dias vazios que apaziguam a alma. há sempre o sol e as árvores a rodear a imensidão da sua existência e a caminhar a seu lado, com passarinhos a traçar o caminho rumo ao vale das flores amarelas e das ervas verdes que se esticam para parecerem maiores. 
"À sexta foi cortar o cabelo".
os movimentos da vida são a natureza.


2.2.18

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Era o ar frio do mês, a saia curta e as meias quentes. Passos colados, mãos nos bolsos e um respirar sereno. Seria de mim que o livro não continuava? Olhar em redor, era um acabar que não terminava, e sentia a pressão do ar frio a congelar os meus pulmões. Trocava as pernas, num andar rápido, mas que a lado nenhum chegava. Quando é a primavera? Os caminhos limpos nunca mais aparecem. Nem as manhãs me aquecem.
Quero deitar ao mar o cachecol que me abafou aqui.