as nuvens passam por cima das suas cabeças, caem pingas e não molham.
é bonito ver a cidade ao longe. é bonito olhar as luzes das casas alheias.
estarei eu reflectida nas suas janelas? estarão os meus problemas à vista dos outros, na varanda da minha casa?
olho para pormenores alheios sem me lembrar dos pormenores da minha casa. nem a conheço como a conhecem as minhas mãos. mas e os meus olhos? será que a conhecem? talvez não.
vivemos em topos de montanha a admirar e a olhar a casa do outros, quando nem a nossa casa, nem o nosso topo da montanha, são do nosso inteiro conhecimento.
recantos escondidos aos olhos do dono.
Sem comentários:
Enviar um comentário