Hoje fui à praia. Senti os abraços da areia nas minhas pernas como o mar abraça os rochedos.
A brisa fresca e o sabor do som das ondas rodearam os meus paladares, cultivaram os meus olhares por um horizonte melhor.
Um futuro longínquo que se aproxima com os rodeares do vento, com a estranheza de um presente imerecido e com a frescura de um olhar carente.
O sol aprecia uma sucessão de acontecimentos, torna-os em abraços profundos e queima-os com beijos ardentes.
A saudação ao velho amigo e companheiro que me trouxe o fresco calor de dias de primavera, com sabor marítimo. Esse, o vento empurrou-o a mim, num breve deslisar dos dedos pelo cabelo.
Hoje quis ir à praia. Quis os abraços da areia. Quis os abraços de um amigo. Quis ver um horizonte que desenhei com linhas ténues. Linhas essas que apagam-se com o tempo, com o mar a lavar as minhas memórias e ambições.
Não quero mais ver o mar. Mas quero ir à praia ver o horizonte.
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