31.10.11

Brilharete aquilo que fazes. Ou que julgas fazer.
Palavra de gente pobre sem nada a querer, a não ser, pois claro, morrer.
Queres viver? Queres descobrir o mundo? Vai correr, corre porque aqui só vinga quem é mudo.
Mudo, coisa que não és. Falas demais e assim cais. Magoam-te as pernas, doiem-te as chagas.
Nem por mil anos te sugam essas pragas. Queres viver? Queres vencer? Acredita, todos o querem, mas nem todos o conseguem.
Brilharete isso que fizeste. Ou que julgas que sim.
Morrerás em breve, numa dor de sigilo, numa dor ardente, sem amor saber, sem razão de querer.
Assim virá, assim te levará e assim morrerás numa poça de água que é o teu viver.
Encharcando aqueles que ficam, esses que suplicarão a morte, porque a perda é um não mais querer saber viver.

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