Em busca de melhores oportunidades, perdi-me naquilo a que se chama de saber por onde ir, fazer novos caminhos com os pés e tentar não esmagar as poucas ervas que se atravessam à frente, embora seja necessário fazê-lo para que se abram os novos caminhos.
Pensei que se tratasse de chegar ao outro lado com poucas nódoas negras, sem arranhões, sem perseguições e com os sapatos limpos, conseguir agarrar o que queria, ou pelo menos ver se era aquilo o pretendido, e voltar para trás. A verdade é que ao criar novos caminhos, e ter cuidado para não espesinhar as ervinhas, encontrei buracos e falhas que me mostraram o que pode ter acontecido àquilo que ia ao outro lado procurar. E chegando ao outro lado a saber que não estaria lá o que procurava, deixa um aperto que poucos poderão saber ou sentir tal coisa, a não ser que passem pelo mesmo caminho, com os mesmos sapatos, com os mesmos buracos e com o mesmo objectivo.
E é assim que desconstruimos o futuro.
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