Tens as vogais do nome como gotas de água que deslizam sobre a tua pele nua e arrepiada. Faz frio quando nos tocamos e entrelaçamos os dedos das mãos na esperança de ver algo melhor crescer neste mundo. Senti o teu medo de quebrar as promessas outrora feitas, e desejei que nunca as tivessemos feito. Que é feito do meu amor pelo pouco saber e inocência? Criei algo tão feio ao longo dos tempos, que só na minha mágoa cabe o desgosto de lágrimas secas. E perguntaste como me sentia assim, sem ti, sem nós, sem o vento a passar pelos teus cabelos. E disse-te que me sentia assim, vazio como a água límpida, escorregadio como o lodo em que pensastes pousar os pés e frio como o vento que nas noites de inverno assobia para ninguém ouvir. Não era isto que queria, não era isto que pensava que fosse acontecer. O toque dos teus lábios na minha alma, a manta que me aquece de noite e de dia me põe em rodopio. E erámos dois a dançar, seminus, naquela rua onde o tempo levou as aguarelas e os pincéis. Não ficámos sós, nem ficámos nós. Não contarei a história, nem saborearei os meus pesares. Mas ficaremos eternos enquanto durarmos, e isso fomos nós.
Fomos.
Fomos.
Fomos.
Promessas quebradas contínuas. Não havia mais passos a dar.
Sem comentários:
Enviar um comentário